sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Despedida

Vou , morrendo a cada dia, vou por este caminho que a vida me reserva. Já desisti de buscar por perguntas que não tem respostas, e me conformei com a duvida que dia a dia acalenta meu ser.

Deixo um tímido sorriso para aqueles que me admiram por um motivo que eu sinceramente desconheço.
Deixo a mão estendida para aqueles que querem ser meus amigos, amigos de volta ou simplesmente amigos.
Deixo um beijo no rosto dos meus irmãos de batalha e um beijo nas mão das que se tornaram minhas mães por esta vida.
Deixo uma rosa para os meus amores do passado, e fragmentos de carta as minha paixões mais secretas.
Deixo um pouco de mim em tudo o que faço pra que se lembrem um dia , do poeta que fui.
Deixo um coração partido , mas emocionalmente inteiro, porque amou intensamente e amou até demais.
Levo saudades, de um tempo que jamais volta, de amigos que se perderam no caminho, de lembranças que se desfizeram com o tempo.
Levo a vontade de uma abraço que jamais recebi, e do beijo que nunca dei.

Vou, sobrevivendo apenas, porque a vida não me reservou a sorte dos que vivem. Guardo marcas que podem mudar um tempo, segredos que podem revolucionar a historia de minha vida.
Guardo tristezas de um passado que assombra meu presente e me impede ter perspectivas de um futuro,
por isso antecipada e equivocadamente me despeço num colapso deprimente de loucura.
Guardo pedacinho por pedacinho da minha historia,
pra que um dia eu me lembre de quem fui.
Pra que eu me lembre do tempo em que tudo o que eu sabia sobre mim, era apenas que devia saber mais.

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