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"A pequena cidade de Javé será submersa pelas águas de uma represa. Seus moradores não serão indenizados e não foram sequer notificados porque não possuem registros nem documentos das terras. Inconformados, descobrem que o local poderia ser preservado se tivesse um patrimônio histórico de valor comprovado em "documento científico". Decidem então escrever a história da cidade - mas poucos sabem ler e só um morador, o carteiro, sabe escrever.Depois disso, o que se vê é uma tremenda confusão, pois todos procuram Antônio Biá, o "autor" da obra de cunho histórico, para acrescentar algumas linhas e ter o seu nome citado." ( Wikipédia , a enciclopédia livre)
Na sexta feira tive a oportunidade de ver esse filme, eu indico é um filme muito interessante.
Além de ser engraçado e envolvente , nos faz refletir sobre o valor que se deve dar as origens e as raizes de um povo. Nos faz atentar para a questão da oralidade e para a importância da escrita.
Antônio Biá (José Dumont) é um personagem intrigante do filme, carteiro´e portanto conhecedor da leitura e da escrita ele era aúnica solução para aquele povo, que queria registrar suas histórias e as histórias de Javé num livro para servir de fato científico e impedir a destruição da cidade de Javé.
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É incrivel perceber o poder de convencimento que ele tem, está sempre rodeado por pessoas do incio ao fim do filme apesar de não ser muito confiável. Antônio Biá debocha , ri e manipula a todos a sua volta, ele desconhece de fato o poder que tem em mãos para auxilio do povo , usando-o apenas em beneficio próprio. Ele não escreve o livro , mas ao ver o lugar submerso se arrepende e começa a escrever o que ele chama de Parte II- o depois das águas ou algo do tipo.
O filme contém algumas expressões interessantes como por exemplo "sacanageiro","sabiografia", "onomatropias - a língua dos bichos","ladinagem","andança","chistosa", e várias outras que até fazem rir, mas que marcam bem a questão da oralidade.
Na porta da casa de Biá, estava escrito "proibida a entrada de analfabetos" ou de analfabetosos ( não tenho certeza da expressão) .
Tem um momento que ao se dirigir a Seu Cirilo (Henrique Lisboa) ele diz "o povo quer ouvir sua divinologia".
Das histórias narradas pelo povo haviam versões divergentes , isso causava uma certa confusão. O filme é muito interessante mesmo, recomendo que vejam.
É chocante perceber quantos Biás existem pelo mundo, e perceber quantas vezes agimos como um Biá, manipulando as pessoas pelo que sabemos , excluindo e escondendo as histórias , as origens de um povo, de uma época.
qual é o valor hitorico q precisa ser presevado segundo os povos de javé?
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